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  • Carlos Guglielmeli

Verstappen diz que "90 por cento do grid venceria" com carro da Mercedes, mas nega frustração


Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool

Vencedor de sua corrida de estreia com a Red Bull em 2016, quando fez história ao chegar em primeiro na Espanha, o prodígio Max Verstappen despontou na F1 como potencial campeão do mundo. Só que, desde então, a Mercedes reforçou seu domínio no esporte e segue contabilizando vitórias e títulos seguidos. Já são sete do Mundial de Construtores, e a equipe de Brackley está perto de celebrar o hepta de Lewis Hamilton no Mundial de Pilotos.


Para Max, hoje muito mais experiente e maduro, mas com apenas 23 anos, resta somente esperar pela oportunidade de chegar ao Olimpo do esporte a motor.


Enquanto a chance não vem, o holandês busca ajudar a Red Bull a voltar aos tempos de glória na Fórmula 1. Verstappen, atualmente, enfileira vários pódios, já são nove troféus na temporada e 40 na carreira, mas a hegemonia da Mercedes faz com que as vitórias sejam esporádicas, como a que aconteceu no GP dos 70 Anos da Fórmula 1, em Silverstone. Só Verstappen e, depois, Pierre Gasly, de forma surpreendente no GP da Itália, foram capazes de vencer nesta temporada, fora os pilotos da Mercedes.


Para Verstappen boa parte dos pilotos no Grid poderia vencer com a Mercedes. Em entrevista à revista F1 Magazine, o piloto afirmou que é muito mais fácil chegar ao topo do pódio com o carro da equipe alemã.


"Não, não estou frustrado com isso. Tenho muito respeito pelo que eles conquistaram. Não estou frustrado com Lewis em um carro Mercedes. Para ser sincero, 90 por cento do grid poderia vencer naquele carro. Nada contra Lewis, ele é um ótimo piloto, mas o carro é muito dominante", ressaltou o piloto holandês.


"Ok, talvez os outros não sejam tão dominantes quanto Lewis, mas você aceita a situação em que está e simplesmente tira o melhor proveito disso. Não estou frustrado, estou mais focado no que podemos fazer para tentar batê-los", completou Max.


Verstappen soma 162 pontos no Mundial e está em terceiro na tabela, atrás só de Hamilton e Valtteri Bottas. Max entende que poderia estar em uma situação melhor na temporada se não fosse pelos abandonos. Em 13 corridas disputadas, o piloto do carro 33 da Red Bull não completou os GPs da Áustria, Itália, Toscana e Emília-Romagna.


O piloto da RBR é realista, sabe que hoje faz um campeonato à parte, escolta os carros da Mercedes e só às vezes ameaça Hamilton e Bottas, sabendo ao mesmo tempo, que está num patamar de performance muito superior aos demais pilotos.


"Estou no meio do nada neste campeonato. Da minha parte, jamais imaginei que estaria na briga pelo título. Vou terminar em terceiro se não continuar abandonando. Em geral, esse é o lugar ao qual pertencemos. Se você está 60 pontos ou 10 atrás, em terceiro, não importa muito, você está mais lento. Só precisamos entender por que temos esses problemas, porque ter três abandonos não é bom. Só temos de tentar fazer melhor", disse o piloto resignado.


Questionado sobre o que é possível fazer para interromper a soberania da Mercedes, Verstappen elencou alguns pontos:


"Há algumas coisas no momento. Em primeiro lugar, sempre somos muito lentos no começo [da temporada], por isso precisamos garantir que temos um carro que seja muito mais competitivo", disse.


"Como fazer isso? Claro que não achamos isso, então precisamos mudar nossa abordagem. Precisamos encontrar uma forma diferente de trabalhar. Em termos de operações, somos bons: temos pit-stops muito bons, somos bons em estratégia. Não acho que muitas coisas dão errado aqui", salientou o piloto, que aproveitou para criticar a performance do motor Honda.


"Além disso, neste ano claramente faltou potência. Existem algumas coisas que temos de trabalhar para conseguirmos lutar com eles", concluiu Verstappen, dono de nove vitórias, duas poles e nove voltas mais rápidas ao longo de 115 GPs disputados desde sua estreia na Fórmula 1 em 2015.

Fonte: Grande Prêmio

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