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Carlos Guglielmeli

Vereadores aliados de Pábio Mossoró rejeitam investigação sobre possíveis irregularidades na saúde

Vereadores aliados do prefeito Pábio Mossoró em Valparaíso rejeitam pedido de investigação de supostas irregularidades na saúde pública da cidade / Foto: Assessoria de Comunicação da Câmara, com edição da redação

Os vereadores da base aliada do prefeito Pábio Mossoró (MDB) e da vice, Dra. Zeli Fritsche (PDT), rejeitaram nesta quarta-feira (10) o requerimento 003/2021 de autoria da vereadora Cláudia Aguiar (PSDB) que buscava investigação a cerca denúncias sobre possíveis contratações ilegais e concessão de "super salários" na Secretaria Municipal de Saúde de Valparaíso de Goiás.

"Não desmereço nenhum dos meus colegas vereadores, mas o meu mandato está a serviço da população, e não do prefeito, se há a suspeita de irregularidade, de corrupção, ainda mais uma dessas, com tantos elementos e documentos oficiais, o meu papel principal é averiguar, propor a investigação, mas se os outros preferem deixar para lá e proteger o governo, eu terei que respeitar o voto da maioria", justificou a parlamentar vencida.


Segundo a denúncia feita base em documentos retirados do próprio portal da transparência, pseudomos apadrinhados do prefeito Pábio e da vice Zeli teriam sido contratados pela Secretaria de Saúde sem que tivessem passado pelo chamamento público obrigatório, alguns deles inclusive recebendo 'super salários'.


No suposto esquema, o órgão ainda teria concedendo cargos e benefícios à pessoas ligadas ou aos próprios Conselheiros Municipais, responsáveis pela fiscalização e aprovação das contas da pasta.


Há na denúncia o caso que chama mais atenção do médico Adriano Gonçalves de Oliveira, que pelas matriculas 59757, 52344 e 55497 recebeu R$ 443 mil bruto em apenas 10 meses de 2020, de fevereiro à novembro.


Somados seus contratos, o Dr. Adriano tem uma carga horária no município de 224 horas mensais, que distribuídas igualitariamente daria 7 horas e quase meia em todos os dias do mês, ininterruptamente, porém ao ser procurado no CAIS, onde é diretor técnico, o médico não estava presente na sexta-feira, nem no sábado recente, por exemplo.



Para justificar a negativa de investigar os fatos a "tropa de choque" do prefeito partiu para cima de vereadora, tentando dar cunho pessoal para a apresentação.


O presidente da casa, vereador Plácido Cunha (Avante), por exemplo, argumentou sobre plantões com mais de 24 horas, sem atentar para o total de horas mensais dos denunciados, que em alguns casos exigiria a presença do profissional na unidade de saúde, sem nenhuma folga ao ano.


"Estão tentando inverter a situação, me fazer passar pelo papel de 'denuncista' para descredenciar meu trabalho, mas não vou deixar que fazer o que tenho de fazer para agradar ou proteger A ou B que não seja a população" disse a vereadora que completou, "Posso até ser voto vencido sempre, mas a consciência está tranquila. Vou continuar fazendo o que sou paga para fazer e quem não quiser fazer, que responda à sociedade".

 

Veja como cada vereador votou:


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