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Carlos Guglielmeli

Vereador Madeirada cobra Saneago por qualidade no fornecimento de água e esgotamento sanitário

Após convocação proposta pelo vereador Valter Madeirada (PL), a Câmara Municipal de Novo Gama recebeu na última quinta-feira (20) o presidente da Saneago (Saneamento de Goiás), Ricardo Soavinski, para esclarecer a má qualidade dos serviços prestados pela empresa na cidade.


Segundo Madeirada, a convocação era necessária diante dos problemas denunciados pela população à anos, como a falta de fornecimento de água potável com qualidade ou frequente e coleta de esgoto em diversos bairros da cidade, à exemplo do Residencial Brasília, Jardim Tropical, Vila União, Setores de Chácaras, Residencial Paraíso e outros.


Reprodução de fragmento da transmissão original da Câmara Municipal de Novo Gama


O presidente da Saneago iniciou a sessão fazendo uma apresentação com números, estatísticas e metas que não agradou os vereadores pela falta de objetividade:


"Eu não posso ficar olhando pelo retrovisor como vossa excelência fez agora aqui em seu discurso, dizendo que a culpa seria da gestão passada, que destruiu a Saneago, que acabou com a Saneago. Vossa excelência assumiu em 2019 e o contrato foi celebrado em 2018, vossa excelência tem quase 4 anos, vai fazer agora. Dois anos? Vamos lá: 2 anos à frente da Saneago. (...) Até quando nosso povo vai continuar sofrendo?" questionou Madeirada ao presidente da empresa.


"Quando esse contrato aqui presidente, ele foi assinado em 2018 com a Saneago, para vossa senhoria ter uma noção da calamidade que nós vivemos, o município de Novo Gama tinha 29,9% das suas casas atendidas com saneamento básico, 2018. Nós estamos em 2021, temos 34%, ou seja, menos de 5% (4,1%) foi alcançado pela Saneago", completou o vereador.


Entre as várias obras da Saneago em atraso, cobradas pelo parlamentar, está a construção "cancelada" pela empresa da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Santa Maria, que iria ser instalada na divisa com Valparaíso e atenderia as duas cidades, e segundo Madeirada, "resolveria os problemas, inclusive de infraestrutura, da Vila União, do lado novo-gamense, e do Setor de Chácaras Anhanguera, do lado Valparaisense".


Os dois bairros tinham recursos federais dos chamados PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que só seriam liberados com a contrapartida da construção dessa Estação.


"Até quando nosso povo vai ficar sofrendo? Eu não quero, senhor presidente, números aqui, até porque todos esses números aqui, eles estão defasados", reclamou o vereador.


Sobre a ETE Santa Maria, ao contrário dos problemas que o presidente Ricardo Soavinski tenta jogar para seus antecessores, ele buscou se apropriar do processo licitatório, completamente encaminhado antes da sua nomeação e que acabou sendo judicializada pelas empresas concorrentes, devido brechas provocadas pela mudança nas exigências da ANA (Agência Nacional de Águas) ao longo de 2 anos de procrastinação.


Soavinski tentou fazer entender que a empresa perdeu recursos federais para financiamento da obra e que havia resolvido assumir seu custo, o que não é verdade, já que a ETE sempre foi uma contrapartida acertada para a celebração dos PACs.


Diante das evasivas do presidente da companhia, Valter Madeirada propôs aos colegas vereadores uma inversão na ordem e que o parlamento novo-gamense quem estabelecesse um prazo de noventa dias para que a Saneago iniciasse as obras acordadas sob pena de cancelamento do contrato com a cidade.


"Se falou em muita coisa, em licitações (...). Eu quero pedir aos senhores vereadores, porque nós temos autonomia e prorrogativa para isso, para que a gente não espere a Saneago dar prazo para a gente, nós é que vamos dar prazo para a Saneago. E qual seria esse prazo? 90 dias, que é o prazo que o cidadão tem para pagar a conta dele, que se ele não pagar é cortada em 90 dias. Caso contrário a gente inicia nessa casa um processo de cancelamento do contrato com a Saneago", cravou o vereador.


Sob pressão, ao final da sessão, Ricardo Soavinski voltou a falar com sua equipe e estabeleceu alguns prazos para ser questionado e dar respostas sem prazo definido para início de algumas das obras necessárias em Novo Gama, mas ainda ficando a depender de processos administrativos como novas licitações.

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