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Carlos Guglielmeli

TCU desmente Pazuello e diz que nunca recomendou recusa à vacina da Pfizer

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, foi desmentido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por declarações dadas em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (19).


Ao ser questionado pelo relator da comissão, senador Renan Calheiros (MDB), sobre a demora nas negociações com a Pfizer para compra de vacinas, o general disse que recebeu recomendação contrária de órgãos de controle, incluindo TCU, Advocacia Geral da União (AGU) e Controladoria Geral da União (CGU), para compra do imunizante.


Ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuelo, depõe na CPI da Covid / Foto: Jefferson Rudy - Agência Senado

"Apesar de eu achar pouquíssima quantidade, 8,5 milhões de doses no primeiro semestre, nós seguimos em frente. Vamos assinar o memorando de entendimento. Mandamos para os órgãos de controle, a resposta foi: 'Não assessoramos positivamente. Não deve ser assinado'. CGU, AGU, todos os órgãos de controle, TCU: 'Não deve ser assinado'. E nós assinamos, mesmo com as orientações contrárias", disse Pazuello.


"Determinei que fosse assinado, porque se nós não assinássemos a Pfizer não entraria com os registros na Anvisa. Foi assinado contra as orientações da assessoria jurídica e controle externo, interno e externo, isso em dezembro", completou o ex-ministro.


Em nota divulgada pouco depois, o TCU negou ter se oposto à aquisição das vacinas da Pfizer ou à contratação da empresa.


"Em relação ao depoimento do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, junto à CPI da Pandemia, o Tribunal de Contas da União (TCU) informa que, em nenhum momento, seus ministros se posicionaram de forma contrária à contratação da empresa Pfizer para o fornecimento de vacinas contra a Covid-19. O Tribunal também não desaconselhou a imediata contratação em razão de eventuais cláusulas contratuais", afirma a nota.


Na semana passada, o presidente divisão latino-americana da Pfizer, Carlos Murillo, foi interrogado na comissão parlamentar e disse que o governo federal ignorou propostas da empresa durante três meses. A versão é a mesma dada pelo ex-secretário de Comunicação Social da Presidência Fabio Wajngarten.


Pazuello, por sua vez, negou ter deixado as ofertas da farmacêutica sem resposta e disse que as negociações demoraram por discordâncias sobre cláusulas do contrato.

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