Diante da ameaça do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, de aplicar sanções econômicas ao Brasil caso não haja atuação firme do Brasil para combater o desmatamento e as queimadas na Amazônia, O presidente Jair Bolsonaro disse que uma solução apenas diplomática pode não ser possível.
"Assistimos há pouco aí um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil. E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto (Araújo)?", introduziu o presidente.
Na sequência veio a polêmica:
"Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem", completou Bolsonaro.
O ataque em uma cerimônia no Palácio do Planalto que tinha na plateia empresários do turismo.
Otto Alencar, líder do PSD no Senado, afirmou que o presidente criou, mais uma vez, "atritos desnecessários" e deve ficar ainda mais isolado internacionalmente.
"Bolsonaro critica a vacina da China, o maior parceiro comercial do Brasil, e o presidente eleito dos Estados Unidos, o segundo maior parceiro. Vai ficar isolado. Desafiar outro país não é o que se espera de um estadista", disse Alencar.
Para Alencar, o Congresso não vai deixar de votar pautas importantes por causa de Bolsonaro. O senador admitiu, porém, que essas declarações do presidente provocam desgaste e, com isso, o Palácio do Planalto pode ter dificuldades para avançar em projetos fora da agenda econômica.
"Se é (uma pauta) do interesse apenas do Palácio do Planalto, e não do Brasil, como foi no projeto das armas e na indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada dos Estados Unidos, ele não tem maioria", observou o parlamentar.
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