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  • Carlos Guglielmeli

Sem Bolsonaro, líderes latinos parabenizam Biden


Foto: ABC

À espera de uma reviravolta improvável nas eleições dos americanas, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é um dos poucos chefes de estado latino-americano que ainda não se manifestou oficialmente sobre a vitória de Joe Biden, atitude seguida pelo seu Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Ambos apoiadores declarados do republicano Donald Trump, com quem tinham um inédito alinhamento compulsório nas relações internacionais.


Na contramão, se Bolsonaro não se manifestou publicamente, diversos deputados, incluindo o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, senadores e governadores, como é o caso de Ronaldo Caiado de Goiás, bem como os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer e Fernando Henrique usaram as redes sociais para parabenizar Biden.


Na vizinha Argentina, o presidente Alberto Fernández usou o Twitter para falar sobre o resultado e disse que parabenizava o povo norte-americano "pelo recorde de participação nas eleições, uma clara expressão da vontade popular".


"Saúdo Joe Biden, próximo presidente dos Estados Unidos, e a Kamala Harris, que será a primeira vice-presidente mulher desse país", postou neste sábado.


O mandatário do Uruguai, Luiz Alberto Lacalle Pou, também usou as redes sociais para parabenizar Biden e Harris pela vitória e para afirmar:


"Trabalharemos para fortalecer as relações entre nossos países para o bem de nosso povo".


A mesma linha foi adotada pelo líder chileno, Sebastián Piñera, que ressaltou que:


"Chile e Estados Unidos compartilham valores como a liberdade, a defesa dos direitos humanos e desafios como a paz e a proteção do meio ambiente".


O presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez, postou em seu Twitter as congratulações para Biden e Harris, destacando o fato de que a senadora será a primeira mulher a ocupar o cargo:


"Desejando os melhores êxitos para sua gestão, trabalharemos juntos para fortalecer a agenda comum no comércio, meio ambiente, segurança e contra o crime internacional".


O mandatário eleito da Bolívia, Luis Arce, que tomou posse neste domingo, usou as redes sociais pouco antes de assumir oficialmente o cargo para parabenizar Biden.


"O povo estadunidense participou de eleições democráticas que elegeram Joe Biden como presidente e Kamala Harris como primeira mulher vice-presidente. Com um novo governo, desejamos melhores relações que se traduzam em bem-estar de nossos povos".


Até mesmo o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que tinha um governo não reconhecido por Trump, se manifestou pela eleição do democrata neste sábado, dizendo estar "pronto para o diálogo".


"Parabenizo o povo estadunidense pelas eleições presidenciais. Também felicito por sua vitória o presidente eleito, Joe Biden, e a vice-presidente, Kamala Harris. Venezuela, a pátria do libertador Simón Bolívar sempre está disposta para o diálogo e para o entendimento com o povo e o governo dos Estados Unidos".


Quem também se manifestou foi o autoproclamado líder venezuelano, Juan Guaidó, que desejou um bom governo e lembrando que terá o apoio da nova administração "para libertar" a Venezuela.


Dissonante dos líderes latinos, o presidente do México, Manuel Lopez Obrador, se manifestou pelas redes sociais, mas disse ser "muito cedo" para parabenizar Biden.


"Vamos esperar até que todas as questões legais sejam resolvidas. Não queremos ser imprudentes".


Diferente de Trump, o novo presidente tende a ser mais próximo aos países latinos por conta da relação que teve com a região. Durante o período em que foi vice-presidente no governo de Barack Obama, Biden era o responsável pelas relações com as nações da América Latina, tendo viajado para a área por 16 vezes, um recorde para um governo da Casa Branca.

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