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Carlos Guglielmeli

Membro do chamado 'centrão', PSD se afasta de Bolsonaro

A filiação do prefeito carioca Eduardo Paes (DEM) ao PSD, anunciada na semana passada, e a negociação com outros nomes de oposição, como o deputado Rodrigo Maia (DEM), indicam um afastamento do partido de Gilberto Kassab do projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro em 2022. A legenda prega "independência" ao Palácio do Planalto.


Eduardo Paes e Gilberto Kassab / Foto: Fernando Frazão - Agência Brasil (meramente ilustrativa)

Teoricamente, o recado é de que o PSD dificilmente vai compor chapa com Bolsonaro, que ainda não definiu por qual sigla pretende concorrer. Dirigentes da legenda têm o discurso de que a melhor solução para o País seria uma terceira via entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mesmo assim, conversam com o petista, que se encontrou com Kassab em Brasília nos últimos dias. Ao mesmo tempo, o partido segue no Ministério das Comunicações, com Fábio Faria. Além de Maia, Paes deve carregar para o PSD outros deputados federais que têm sua base política no Rio, como Pedro Paulo (DEM) e Marcelo Calero (Cidadania), hoje secretários da prefeitura carioca. Vereadores da capital fluminense, incluindo o ex-prefeito e pai de Rodrigo, César Maia (DEM), e o presidente do Legislativo local, Carlo Caiado (DEM), também devem mudar. Mirando a eleição no Rio do ano que vem, há ainda a provável filiação do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, favorito de Paes para concorrer a governador. A ideia é que o prefeito tenha poder para decidir os rumos do partido no Estado. O Rio passará a ser a maior cidade brasileira comandada pela sigla, tomando o posto de Belo Horizonte, do prefeito Alexandre Kalil. Com isso, o PSD terá o comando das capitais do segundo e do terceiro maior colégios eleitorais do País, atrás apenas de São Paulo, o que representa importantes palanques para candidatos que almejam o Planalto.

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