O líder do governo Bolsonaro na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP), e o Ministro da Economia, Paulo Guedes, conformaram nesta sexta-feira (18), que partiu do governo a decisão de deixara caducar a MP que concedia o 13º do Bolsa Família este ano, ratificando a afirmação de Rodrigo Maia (DEM), que chamou o presidente de mentiroso.
Em sua Live semanal, transmitida na quinta-feira (17), o presidente Jair Bolsonaro disse que os beneficiários do Bolsa Família não teriam o 13º do programa este ano porque o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, tinha deixado caducar a MP que permitia o pagamento.
Logo cedo Maia tratou de afirmar que 'não por isso', e que poderia por a autorização do pagamento no meio da MP que entraria na pauta do dia, estendendo o Auxílio Emergencial.
Diante do risco, o líder da bancada governista, deputado Ricardo Barros, usou o microfone no início da sessão para dizer que o governo não queria votar o texto, pois já tinha seu compromisso no ano anterior e que em 2020 não tinha recursos para pagar o 13º do Bolsa Família.
Mais cedo, em uma entrevista na qual apresentava um balanço do ano, o ministro Paulo Guedes ratificou que era o governo quem não tinha condições de pagar o benefício:
"Conforme nós tínhamos prometido na campanha , o 13º do Bolsa Família: Nós Vamos dar o 13º do Bolsa Família? Vamos. Só que é o seguinte, quando entrou o segundo ano, que é agora, quando a pandemia bateu e levou essa desorganização fiscal de curto prazo, foi chegando o fim do ano, nós fomos observando o seguinte: Pela Lei de Responsabilidade fiscal, se der um 13º por 2 anos seguidos: Nós demos o primeiro ano, se você der o segundo ano seguido o 13º, você está cometendo o crime de Responsabilidade Fiscal, porque não houve provisão de recursos", declarou Guedes.
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