O Hospital Jacob Facuri, em Goiânia, fechou o pronto-socorro para novos pacientes devido a lotação de todos os leitos de enfermaria e UTIs (Unidades de Terapia Intensiva).
A Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg) confirmou, por meio de nota, que os hospitais estão sendo obrigados a suspender temporariamente o atendimento nos prontos-socorros por total incapacidade de receber novos pacientes, devido a falta de profissionais, equipamentos e insumos.
Em entrevista à TV Anhanguera, Cristiane Kobal, presidente da Sociedade Goiana de Infectologia (SGI), afirmou que, pelos conceitos de ocupação hospitalar, de fato Goiás enfrenta atualmente um colapso no sistema de saúde tanto na rede pública quanto na rede privada:
“Se o colapso na saúde for não ter leitos o suficiente em tempo hábil para tratar os pacientes graves, eu entendo que estamos em colapso. Ou seja, eu não estou dando a oportunidade de tratamento adequado para aquele paciente que está com a forma grave da doença. Estamos enfrentando uma dificuldade tremenda de acharmos vaga tanto na rede pública quanto na rede privada para doente grave com Covid-19”, afirmou.
Na mesma opinião, a superintendente em Vigilância de Saúde SES-GO, Flúvia Amorim, afirmou que o estado de Goiás enfrenta atualmente uma situação gravíssima, levando em consideração a pior fase da pandemia, com recordes de mortes e internações, o que pode ser chamada de estado de calamidade:
“Independente da terminologia utilizada, se é colapso ou estado de calamidade, que é como a gente tem classificado, inclusive nas várias regiões do estado, o que nós temos nesse momento é, com certeza, uma situação gravíssima. É uma situação onde a gente tem visto a cada dia o número de mortes acontecendo, pessoas sendo infectadas. E a gente sabe quais são as ferramentas para diminuir esse dano que tem sido causado na população, que é a vacina ou a taxa de isolamento”, disse.
Comments