Em movimentações, no mínimo atípicas, a prefeitura de Valparaíso, comandada pelo prefeito Pábio Mossoró (MDB) e a vice, Dra. Zeli Fritsche (PDT), aumentou em 119,97% os gastos com mão de obra terceirizada apenas na pasta da Educação, que por sua vez não abriu nenhuma unidade de ensino nova no mesmo período.
Segundo o portal da transparência, os pagamentos realizados pela gestão municipal à empresa Defender Conservação e Limpeza LTDA. que fornece as equipes de limpeza para as escolas públicas e repartições da Secretaria de Educação Municipal, saltou de R$ 2,38 milhões em 2017, para R$ 5,23 milhões em 2020, ano em que não houveram aulas presenciais, porém ocorreram as eleições em novembro.
Em vigor desde 2016, o contrato 300.003/2016 entre a secretaria de educação valparaisense e a Defender,que foi aditivado 10 vezes, 09 delas só governo Pábio e Zeli, está sendo investigado pelo Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás.
Conforme a Tomada de Contas Especial (TCE), procedimento do Tribunal de Contas dos Municípios equivale a uma investigação do Ministério Público, instaurada no acórdão 01323/22, a empresa ligada ao ex-candidato a deputado distrital no Distrito Federal, Carlos Tabanez, é suspeita de ter causado um prejuízo de R$ 9 milhões aos cofres públicos da cidade desde 2016, por meio dos contratos que tem com as Secretarias de Educação, Saúde e Promoção Social, num esquema de fornecimento de mão de obra fantasma e ou superfaturaras, que gerariam diferenças distribuídas entre agentes políticos.
Consultada pela redação, a secretária de Educação, Rudilene Nobre, alegou ter reduzido o valor do contrato entre a pasta e a Defender, porém, como o levantamento foi feito sob os valores pagos, esse movimento ainda não refletiu no caixa da prefeitura e pode não surtir efeito, caso o contrato 600.027/2020 seja aditivado também.
Já a assessoria de comunicação da prefeitura também informada da publicação, mas não se manifestou sobre o assunto até o fechamento da matéria.
Veja os documentos dos pagamentos feitos pela prefeitura de Valparaíso à empresa Defender nos anos 2017 e 2020, apenas referente aos contratos com à Secretaria Municipal de educação:
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