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Carlos Guglielmeli

Governo Bolsonaro cede à pressão novamente e Ernesto Araújo pede demissão

O embaixador Ernesto Araújo se reuniu com o presidente Jair Bolsonaro na manhã desta segunda-feira (29) para entregar seu cargo.


Ernesto Araújo pede demissão do Ministério das Relações Exteriores / Foto: Veja

A informação foi repassada ao Estadão por pessoas que acompanham a discussão sobre a saída do chanceler. Ernesto passou pouco mais de 800 dias à frente do Itamaraty e vinha sendo contestado dentro e fora do governo.


O chanceler é acusado, muito além de incompetência para intermediar e ou facilitar acordos internacionais que viabilizassem a importação de vacinas da Covid-19, ele é responsabilizado por ter azedado os mesmos laços diplomáticos necessários para tal, com seus "comportamentos ideológicos".


Não se dando por satisfeito por todas as suas falas anteriores que desconstruíram relacionamentos, Araújo afirmou no fim de semana em um tuíte que a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Kátia Abreu (PP), disse a ele no início de março que ele se tornaria o "rei do Senado" se fizesse "um gesto em relação ao 5G", o que ele afirmou ter se recusado a fazer.



A fala do chanceler gerou forte reação de Kátia Abreu e de vários senadores, entre eles o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

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