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  • Carlos Guglielmeli

Governo Bolsonaro aposta em poucas vacinas contra a Covid-19 e Brasil fica para trás


Foto: Reprodução

O governo Jair Bolsonaro optou por apostar todas as suas fichas em poucas alternativas, e agora o Brasil está ficando para trás na busca de uma vacina contra o novo coronavírus. Com isso a população pode demorar mais tempo para receber o imunizante que outros países, inclusive vizinhos.


A preferida do clã Bolsonaro está sendo produzida pela Universidade inglesa de Oxford, em parceria com o laboratório AstraZeneca e a participação da Fiocruz.


O imunizante até saiu na frente por já estar sendo testado para outros tipos de coronavírus, porém um erro de dosagem, recentemente descoberto nos testes finais, fizeram a sua eficácia despencar de 95% para 70%, conforme a média dos testes com a dose inteira que funcionou a 62% e os com meia dose na primeira aplicação, que, esses sim, atingiram os 95% de eficiência.


A AstraZeneca admitiu o erro, mas não soube explicar como a dosagem menor pôde trazer mais segurança, por isso deve repetir a faze 3 dos testes.


O imunizante da Pfizer, que tem 95% de eficácia anotada nos testes, já foi liberada no Reino Unido e já tem acorno de fornecimento de 600 milhões de doses aos estados Unidos, 200 milhões para a União Europeia, 120 milhões para o Japão e 60 milhões para a América Latina, excetuando o Brasil.


A norte-americana Moderna tem acordo para produzir 100 milhões de doses internamente, outras 160 milhões de doses para a União Europeia e acordos semelhantes com o Qatar, Japão e Canada. Mais uma vez o Brasil não aparece entre os pretendentes.


Enquanto o Brasil tem formalizado apenas uma única intenção de compra com 80 milhões de doses junto à AstraZeneca, cuja eficiência hoje é a menor de todas (entre 62% e 70%), os EUA firmaram acordos com Pfizer, Moderna, AstraZenca, Jansen, Novavax e Sanofi, o Canadá já comprou doses para nove vezes a sua população e a Europa encomendou metade da produção total de três farmacêuticas (Pfizer, AstraZenece e Moderna), mesmo ainda contando com diversas alternativas caseiras, como a belga Jansen, a francesa Sanofi/Pasteur e a alemã Curevac.


Certo que as vacinas da Jansen e da Moderna são praticamente inviáveis para países tropicais como o Brasil, pois precisam ser conservadas a -70ºC.


A melhor das opções testadas no Brasil até o momento, a Coronavac enfrenta uma resistência ideológica e política dos bolsonaristas, pois o laboratório Sinovac é Chinês, hostilizado pelos apoiadores e filhos do presidente por ser 'comunista', e devido o fado de estar sendo desenvolvida em parceria com o Instituto Butantan de São Paulo, estado governado pelo virtual adversário nas eleições de 2024, João Dória (PSDB).

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