Os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), se encontraram no dia 12 de maio em São Paulo, em um almoço da casa do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e da justiça, Nelson Jobim.
Mesmo que tenha ocorrido a mais de uma semana, a foto do encontro foi postada apenas nesta sexta-feira (21) nas redes sociais de Lula, que disse ter tido um almoço com "muita democracia no cardápio".
Na sequência o petista destacou que foi “uma longa conversa sobre o Brasil, sobre nossa democracia, e o descaso do governo Bolsonaro no enfrentamento da pandemia”:
A publicação, lógico, causou as mais diversas e principais reações políticas do dia.
Ao discursar em um evento no Maranhão, o presidente Jair Bolsonaro, que já vem perdendo espaço nas pesquisas de intenção de votos para o petista cravou: "um ladrão candidato a presidente e um vagabundo como vice".
No PT, a aproximação com FHC foi comemorada como mais um passo para a construção da imagem de um Lula passificados, capaz de reunificar o país muitas vezes perdido na polarização.
Já para o PSDB, que busca consolidar uma 3ª via na disputa eleitoral contra juntamento o Lula e o presidente Bolsonaro, o encontro foi recebido com um certo desconforto.
"Esse encontro ajuda a derrotar Bolsonaro, mas não faz bem a um potencial candidato do PSDB" afirmou Bruno Araújo, presidente nacional da legenda.
Hoje os tucanos têm três virtuais candidatos, os governadores João Dória, de São Paulo, e Eduardo Leita, do Rio Grande do Sul, além do senador Tasso Jereissati.
"Nossa característica é saber dialogar, inclusive com adversários políticos. De toda forma precisamos evitar sinais trocados à nossos eleitores. O partido segue firme na construção de uma candidatura distante dos extremos que se estabeleceram na democracia brasileira", concluiu Araújo, pacificando o caso, mas marcando posição.
Mal estar criado internamente, FHC logo tratou de tentar por panos quentes na situação e também postou em suas redes sociais que seu partido vai ter candidato, que ele terá seu apoio em 2022 e que Lula, só no caso de um segundo turno contra Bolsonaro.
Foto da capa: Ricardo Stuckert
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