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Carlos Guglielmeli

Covid derruba adesão à campanha da gripe

A campanha nacional de vacinação contra a gripe, Iniciada há 28 dias, tem baixa adesão em todo o País.


Vacina contra a gripe H1N1 / Foto: Reprodução

A primeira fase terminou nesta segunda-feira (10), com o comparecimento de apenas 37% do grupo convocado, que incluiu crianças de 6 meses a 6 anos, grávidas, indígenas e profissionais de saúde. O número de vacinados corresponde a 9,7% da meta do governo, de vacinar 90% do público-alvo até 9 de julho.

Autoridades atribuem a baixa procura ao receio da contaminação pela covid-19 em postos de saúde, que na maioria, não separaram os horários de atendimento para pessoas com suspeita da doença e os candidatos à vacinação.

Outro problema apontado foi a concorrência da vacinação contra o novo coronavírus, que desperta mais interesse da população. Porém as mesmas autoridades alertam que imunizar contra a gripe evita casos graves de síndrome respiratória que aumentam as chances de idas e vindas a hospitais, o que também aumenta a exposição ao vírus.

Quem pertence ao grupo convocado e não se vacinou ainda pode procurar a vacina gratuita nas unidades de saúde. A segunda fase começa nesta terça-feira, 11, com a vacinação de idosos com 60 anos ou mais e professores de escolas públicas e privadas.

Conforme o Ministério da Saúde, de 27,3 milhões de doses distribuídas aos Estados, foram aplicados 7,7 milhões na primeira fase. O grupo das crianças teve melhor cobertura vacinal com 35%, seguido pelas mulheres que deram à luz há até 45 dias (33,2%), gestantes (29,4%), trabalhadores da saúde (20%) e indígenas (26,6%).

Em 2020, já com a pandemia, mas ainda sem a vacinação da covid, a campanha quase atingiu a meta, chegando a 88,8% de cobertura. Segundo especialistas, quem tomou o imunizante contra o coronavírus deve esperar pelo menos 14 dias para receber a dose contra o influenza (gripe comum).

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