Covid-19: Aumento acima de 1.000% da contaminação entre mais novos desmente isolamento vertical
O presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores defenderam ao longo do ano um tipo de isolamento social mais brando, chamado de 'isolamento vertical', para prevenção contra a disseminação do novo coronavírus em que somente a parcela da população com maior risco de desenvolver a doença ou complicações dela é isolada, entre eles os idosos.
Porém o aumento dramático no número de contaminação e consequentemente de mortes entre pessoas com idade abaixo da faixa etária considerada de maior risco pôs por terra mais essa teoria bolsonarista.
Entre pessoas de 30 a 39 anos, o número de casos da Covid-19 aumentou 1.218,33%, já entre as com 40 a 49 anos o aumento foi de 1.217,95%, e de 50 a 59 anos aumentou 1.144,94%. Os dados são da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), apurados pela comparação entre a 1ª e a 12ª semanas epidemiológicas (SE) de 2021 (3 à 9 de janeiro e 21 à 27 de março).
De acordo com o boletim, além da manutenção do rejuvenescimento da pandemia no Brasil, a comparação entre as mesmas semanas epidemiológicas sinalizou para um aumento global da doença de 701,58% no Brasil.
Os pesquisadores do Observatório Covid-19 Fiocruz verificaram ainda que a faixa etária de 20 a 29 anos, apresentou um crescimento no número de infecção pelo vírus de 740,80%, também maior do que a média global de 701,58%.
Com relação às mortes causadas pelo coronavírus, a comparação entre as mesmas semanas epidemiológicas mostrou um crescimento de 872,73 entre as vítimas de 20 à 29 ano, de 813,95% entre os de 30 a 39 anos, 880,72% entre os de 40 à 49 anos, 877,46% entre os que tinham entre 50 à 59 anos e 566,46% entre os de 60 à 69 anos. Ambos maiores que a média global de 468,57%
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