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  • Carlos Guglielmeli

Com o apoio de indicado por Bolsonaro, STF libera mensagens hackeadas de Moro para defesa de Lula

O Supremo Tribunal Federal permitiu nesta terça-feira (09) que a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha acesso às mensagens hackeadas de celulares de procuradores que integravam a força-tarefa da operação Lava Jato de Curitiba, apreendidas pela operação Spoofing.


A decisão é mais uma derrota para a Lava Jato de Curitiba que, após quase sete anos de investigações e reconhecimento internacional, teve sua força-tarefa dissolvida como divisão independente na semana anterior e passou a integrar um grupo especial de combate ao crime organizado.


2ª turma do STF decide liberar mensagens hackeadas de procuradores da operação Lava Jato e do, então juiz, Sérgio Moro para uso da defesa do ex-presidente Lula / Foto: Reprodução

Nas mensagens apreendidas pela operação Spoofing, que investigou a invasão de aparelhos telefônicos de autoridades e outros crimes cibernéticos, constam supostas conversas entre o ex-juiz Sergio Moro e o procurador Deltan Dallagnol, ex-coordenador da Lava Jato.


A determinação da 2ª Turma do STF era pretendida pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca pedir a anulação de todas as suas condenações no âmbito da Lava Jato, alegando a suspeição de Sérgio Moro, o que também deve ser julgado pelo Supremo em breve.


Em seu voto, o relator do caso no Supremo, ministro Ricardo Lewandowski, decidiu pela manutenção da sua decisão anterior e rejeitar recurso apresentado pela força-tarefa que era contrária a dar a Lula o acesso a essas supostas mensagens. Lewandowski citou que pode ter havido uma "parceria indevida" entre Moro e procuradores nas mensagens.


Os ministros Nunes Marques, indicado recentemente pelo presidente Bolsonaro para integrar a Corte, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes acompanharam o relator e votaram pela liberação das mensagens à defesa de Lula.


Apenas o relator da Lava Jato no STF, ministro Edson Fachin, votou pela manutenção do veto às mensagens, até que sua autenticidade e legalidade fossem admitidas.


Foto da capa: Poder 360


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