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  • Carlos Guglielmeli

Bolsonaro diz que laboratórios quem devem vir atrás do Brasil para fornecer vacina contra a Covid-19

Na semana anterior, Bolsonaro já havia afirmado "não dar bola" para as pressões.

Bolsonaro diz que são os laboratórios é que devem correr atrás do Brasil para vender vacina contra a Covid-19 / Foto: Valor Econômico - Globo

Enquanto vários países do mundo, inclusive Argentina, Chile, Guiana e México anunciam o início da imunização das suas populações contra a covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a minimizar a demora para começar a vacinação no Brasil. Segundo ele, por ter um "mercado consumidor enorme", os laboratórios é quem deveriam correr atrás da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para obter autorização de seus imunizantes.


"O Brasil tem 210 milhões de habitantes, um mercado consumidor de qualquer coisa enorme. Os laboratórios não tinham que estar interessados em vender para a gente? Por que eles não apresentam documentação na Anvisa?", indagou Bolsonaro a um grupo de apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada.


"Pessoal diz que eu tenho que ir atrás. Não, quem quer vender (que tem). Se sou vendedor, eu quero apresentar", completou o presidente.


Bolsonaro também reafirmou que os fabricantes dos imunizantes não se responsabilizam por eventuais efeitos colaterais e que também não irá tomar vacina, pois já contraiu covid-19.


"Agora, quem já foi contaminado, como eu, tem que tomar de novo?", disse o presidente ignorando que estudos científicos já demonstraram a possibilidade de reinfecção.


Mesmo com a oposição feita às vacinas, Bolsonaro disse que "o cheque de R$ 20 bilhões" para a compra dos imunizantes já foi assinado por ele. "Tem muita gente de olho nesse dinheiro", disse, sem citar nomes. "Impressionante como uma ou outra pessoa que a gente conhece, não vou dizer o nome aqui, jamais se preocuparia com a vida do próximo. A preocupação é outra. Não vou falar qual que é", completou.


O presidente repetiu que não está preocupado com o início da campanha de vacinação no País, pois o processo depende da Anvisa:


"Se eu vou na Anvisa, que é um órgão de Estado, e digo 'corre aí' , vão falar que estou interferindo", disse ele.


Na semana anterior, Bolsonaro já havia afirmado "não dar bola" para as pressões.

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