Bolsonaro confirma Kassio Marques para o STF

Foto: Revista Exame

O presidente Jair Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira (1) a escolha do desembargador Kassio Nunes Marques para a vaga do STF (Supremo tribunal Federal), assumindo a vaga do ministro Celso de Mello, que se aposenta no próximo dia 13 de outubro.

Em transmissão ao vivo pelas redes sociais, o presidente disse que o nome de Marques deve sair no Diário Oficial da União já nesta sexta-feira. Ele também reiterou que indicará um evangélico para assumir a cadeira de Marco Aurélio Mello, que se aposenta em julho de 2021.

"Sai publicado amanhã, por causa da pandemia, o nome do Kassio Marques para a primeira vaga no STF. A segunda vaga será para evangélico. Ele está levando tiro. Qualquer um que eu indicasse levaria tiro. Tinha currículo na minha mesa, mas eu não conhecia. O que é lamentável das dez a gente escolhe uma. O resto começa a acusar o cara", disse o presidente.

Bolsonaro já havia comunicado a escolha de Marques aos ministros do Supremo Gilmar Mendes e Dias Toffoli, na noite de terça-feira, 29, em um encontro na casa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). O nome agradou a políticos do Centrão, que querem enfraquecer a Lava Jato, e à ala do Supremo que faz restrições a investigações conduzidas pela força-tarefa. Gilmar e Toffoli fazem parte deste grupo.

Marques passou a ser "fritado" por militantes bolsonaristas desde o dia anterior, quando a escolha do presidente foi divulgada. Mensagens que circularam pelo WhatsApp e em plataformas como Twitter e Facebook lembravam que o desembargador foi indicado para o Tribunal Regional Federal da 1.ª Região pela então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2011. Citavam, ainda, sua ligação com o governador do Piauí, Wellington Dias, também do PT.

Após a oficialização da indicação de Marques, ele ainda deverá passar por sabatina no Senado e para no STF, o desembargador vai precisar do voto da maioria simples dos 81 senadores.