A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, determinou que a Procuradoria Geral da República investigue as acusações de que o diretor-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, orientou a defesa do senador Flávio Bolsonaro no caso das rachadinhas.
Luciana Pires, advogada do parlamentar, admitiu, em entrevista à revista Época publicada nesta sexta-feira (18), ter recebido um "relatório informal" de Ramagem dando coordenadas de como agir para tentar inocentar o filho do presidente no caso.
Em dois documentos enviados pela Agência à advogada, há detalhes do funcionamento do que classificaram como organização criminosa na Receita Federal que, segundo a defesa do senador, teria feito uma devassa nos dados fiscais do filho do presidente. Um deles, a finalidade descrita é 'Defender FB no caso Alerj'.
Cármen Lúcia determinou na sua decisão que a PGR seja notificada "para investigar os fatos descritos, os quais, pelo menos em tese, podem configurar atos penal e administrativamente relevantes (prevaricação, advocacia administrativa, violação de sigilo funcional, crime de responsabilidade e improbidade administrativa)".
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